Movimentos contra o racismo vem ganhando destaque no mundo contemporâneo, alicerçados em grandes ideais e alguns com resquícios à visões extremistas e, surpreendentemente contra atos oriundos de grupos também de ideais extremistas. Paradoxalmente, ao mesmo tempo que o racismo ilustra um extremo, instrumentaliza o outro. É a arma de guerra de ideais.
Ainda mais depois da morte de George Floyd, um afro-americano sufocado por um policial branco em Minneapolis, com isso a intensidades das campanhas tanto no mundo a fora como através da internet vem aumentando na luta contra o racismo, grandes companhias nos Estados Unidos, como a Gigante L'Oréal estão querendo mudar suas identidades visuais para não receberem inúmeros processos de racismo, alegando fazer parte de tais movimentos.
Cabe a nós analisarmos se o fato da modificação de marca, ou identidade visual, muda anos de histórico cultural de uma empresa racista, não que seja o caso da empresa citada acima. É como se as pessoas que podem ser afetadas pela luta antirracismo estão colocando máscaras e se passando por “bons moços”, fingindo ou não, apoio para uma causa, não pela causa e sim mas pelo nicho de mercado que essa causa pode os render, assim eles faturaram tanto com histórico racista quanto com o novo nicho que estão querendo garantir lucro, em cima da batalha histórica de muitas minorias.
Em uma reportagem do site G1 de Economia, por France Presse de 27/06/2020 uma grande marca francesa decidiu remover alguns termos de seus produtos. “O grupo L’Oréal decidiu remover os termos branco/branqueador, claro/clareamento, de todos seus produtos destinados a homogeneizar a pele”, afirmou a empresa em comunicado publicado em inglês, neste sábado 27, sem dar mais detalhes.
Mas quem sou eu para apoiar ou julgar a ação de empresas que estão apoiando o antirracismo, sendo eu esse branquelo azedo da foto acima? Mas se não posso apoiar ou ter partido nesta luta, então a luta antirracista deve ser apenas das minorias? ou de todos aqueles que sonham com um mundo de equidade e justiça? Se fosse assim bastaria retirar de todos documentos as informações como etnia, naturalidade e nacionalidade que todos viveriam em paz. Somos todos únicos, imagem e semelhança de Deus, todos temos nosso valor e temos que amar uns aos outros como a si mesmo.
Por fim, espero que não seja apenas mais uma ação de marketing ou estratégia para desviar de acusações judiciais, tomara que seja mais um passo para união de todas as nações que apesar do contexto histórico de guerras, religiões entre outros, estamos realmente avançando mais um passo para evolução de nossa espécie, OS SERES HUMANOS. Espero também que essa batalha continue com moralidade, sem transformar a luta genuína em uma guerra de ódio, que todos os lados possam refletir e analisar que uma nação junta é mais forte e pequenas brigas não vão nos levar em lugar algum.
Matéria muito bem elaborada , parabéns ao colunista.Somos todos iguais , direitos iguais , e ter direito igual , exime os direitos de minorias.
Tudo verdade, mas penso que no fundo as empresas omitem o que realmente pensam, no marketing.
Ótima abordagem no tema ... respeito indivíduo traz respeito ao grupo todo , tudo começa com unidade !
Quando houver respeito pelo ser humano .não existirá mais essa palavra e ação ,e ninguém ganhando dinheiro com racismo.